Actualmente com o avanço tecnológico das Tic assistimos a uma reconceptualização do currículo. Com efeito, perspectiva-se a construção do currículo de uma forma não linear, longe da engenharia curricular proposta por Tyler. É neste âmbito que Macpershon (1995) utiliza a metáfora dos “ atractores curriculares” ou do “caos” para fundamentar as inúmeras intenções e práticas em que o currículo se converte sempre que procura responder a questões, por exemplo, O que deve ser o currículo? Para quê? Quais são os objectivos?
É evidente que a resposta a estas e outras questões, depende dos argumentos que são de natureza variada, quer ideológica, económica, cultural ou social.
Assim a emergência deste novo paradigma, no âmbito da integração curricular das Tic, vem de facto reforçar a ideia que a reconceptualização do currículo é algo que realmente está a acontecer. A gestão do currículo deixou de estar centrada exclusivamente nas instituições e no professor, passou a tratar-se de um processo activo que implica ao mesmo tempo uma construção ao nível das intenções e uma desconstrução ao nível da prática.
A principal dificuldade reside precisamente na escolha de técnicas que melhor se adaptem ao contexto que segundo Walker, (1992: 112) são:
- Como é que podemos estudar as práticas curriculares em relação ao seu contexto em vez dos factores isolados e independentes?
- Como é que se reúnem as necessidades práticas para implementar um currículo, em que as Tic não são uma ferramenta mas parte integrante desse mesmo currículo?
Face a esta mudança, independentemente do paradigma, o desenvolvimento curricular e os resultados que se possam obter, dependem segundo Kelly (1980: 126) do desenvolvimento do professor:
“Não pode haver desenvolvimento de currículo sem desenvolvimento do professor”
Deste modo, selecciono a questão 1 porque permitiu compreender o enquadramento da temática, as fases por que passa a concepção de um currículo e a sua articulação com as Tics. Destaco assim o diapositivo 16.
Selecciono também a questão 2;
Maior acção | Menor acção |
Como? Na definição de estratégias, nas actividades desenvolvidas, na adequação das ferramentas e na escolha dos recursos. Para quê? Nos resultados escolares, o professor tem um papel activo, bem como na forma como as competências são trabalhadas. | O quê? Na escolha dos conteúdos, o papel do professor é reduzido, porque normalmente é da responsabilidade das instâncias superiores, à excepção dos currículos alternativos de escola ou até mesmo na nova modalidade de aprendizagem que são as novas oportunidades. Para quê? Na definição dos objectivos gerais e nas competências a atingir. Quem? O professor não escolhe o público-alvo. |

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