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sábado, 20 de novembro de 2010

Síntese Comparativa

Da análise das sínteses e da grelha disponibilizada, podemos concluir que existem várias interpretações sobre qual o modelo de desenvolvimento curricular a adoptar, se centrado no aluno, nos conteúdos ou na sociedade.
No entanto é consensual que o currículo é uma construção permanente de práticas, com significado marcadamente cultural e social, existindo neste ponto convergência entre os modelos. Para o currículo centrado nos conteúdos, segundo o respectivo grupo, “ o currículo é organizado a partir do saber colectivo” ora para o currículo que tem como fonte principal a sociedade há também a procura da construção das áreas temáticas a partir da própria vida da sociedade.Quando ao currículo centrado no aluno também se privilegia a construção dos elementos curriculares com base em experiências, necessidades e interesses do aluno.
Mas o aluno sendo elemento de uma sociedade, sofre influência de uma cultura própria, de tradições e de costumes, pelo que em certos domínios da conceptualização do currículo a convergência de pontos de vista acontece realmente. Neste sentido o currículo é uma prática, um processo e não um produto. Para Grundy (1987: 68), falar de currículo como pratica é falar da “interacção entre alunos e professores, dai que os intervenientes sejam considerados como sujeitos e não como objectos, o que implica a tomada de decisões sobre os propósitos, o conteúdo e a conduta do currículo”.
Quanto à natureza e gestão dos conteúdos, os diferentes modelos divergem, desde conteúdos pré-definidos e iguais para qualquer tipo de alunos, até ao que acontece no modelo centrado na sociedade, onde não ocorre estruturação e poderá ser diferente de aluno para aluno. Também são diferentes no que respeita ao espaço, ao tempo, ao modo de se organizarem os alunos, ao tipo de avaliação e ao papel do professor.
No entanto considera-se que o currículo deve ser elaborado de acordo com o desenvolvimento do aluno enquanto sujeito que aprende ,pois como diz Taba (1983:27), os currículos “estão estruturados de modo que os alunos possam aprender”. Considerar este aspecto equivale, por assim dizer, à promoção do indivíduo e da sua cognição, dos valores, competências, e ritmos de aprendizagem, de modo a respeitar as diferenças, mas ao mesmo tempo proporcionar um desenvolvimento global, contínuo e participativo.
Referências:
TABA, Hilda (1983). Elaboración del crrículo.Buenos Aires: Troquel.
GRUNDY, Shirley(1987). Curriculum: produt or praxis?. London: The Falmer Press.

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