Da leitura do texto ressaltam duas ideias relativas às Tic, a de servirem de veículo à mudança e a de permitirem a adequação ao currículo. Estas vertentes não são antagónicas, antes pelo contrário, são percursos que devem apontar na mesma direcção, a de fomentar a melhoria das aprendizagens. É claro que esta mudança não acontece espontaneamente, é preciso que todos os intervenientes, professores, alunos e toda a comunidade educativa participe de modo organizado, no sentido de adequar estratégias à implementação de acções que promovam realmente a mudança. Experiencio há alguns anos a partilha de um trabalho colaborativo, quer na modalidade de Círculo de Estudos, quer como Oficina, de modo a responder às necessidades do grupo em termos de formação. Todo o processo é dinamizado pelos intervenientes em parceria com o respectivo Centro de Formação a que pertencemos.
Os recursos devem ser concebidos por equipas multidisciplinares que tenham conhecimento efectivo das condições onde as aprendizagens acontecem, de que tipo de alunos podem ser os beneficiários desses recursos, que conhecimentos são precisos mobilizar e que tempo é preciso despender. Actualmente os recursos surgem e depois são como que impostos para que sejam adequados ao currículo, penso que é preciso inverter esta situação. O currículo, enquanto documento orientador das aprendizagens, deverá ser repensado de acordo com as exigências sociais actuais, onde as Tic deverão fazer parte integrante desse currículo.
Toda a concepção de qualquer tipo de recurso didáctico, para que seja pedagogicamente significativo, deve ter em conta o currículo da área disciplinar a que se destina, respeitando o rigor científico, a adequação ao público-alvo a facilidade de acesso e de utilização.

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