Na escola é possível desaprender “ a Velha Cultura” se for fornecida formação adequada aos professores, e se a sua operacionalização for apoiada. Esta formação deve iniciar-se no ensino superior, para futuros professores, de forma a contribuir para o aumento dos seguidores das Tic na educação.
Coloca-se a questão, quem estará mais disponível para aceitar esta mudança? Se os alunos se os professores? Estruturalmente serão os alunos, que pela reverência inerente à idade são capazes de aceitar qualquer desafio, pela consciência de que é preciso inovar para acompanhar os avanços da sociedade, serão os professores. Destas vertentes, aparentemente antagónicas, poderá ser encontrado o eixo de actuação conducente à emergência de uma nova cultura de escola.
Dentro da lógica de uma “nova cultura de aprendizagem”, podemos considerar como estratégia a definição de uma matriz teórica consistente no que diz respeito à utilização das Tic, com os princípios de natureza construtivista que envolve o currículo nacional. Fundamento a minha escolha na necessidade de existir um documento orientador, planificado e elaborado tendo em conta as condições reais das nossas escolas e de modo a privilegiar a interdisciplinaridade. Os seguidores do construtivismo defendem que o fundamental consiste no facto de o indivíduo dispor dos meios para procurar por si o conhecimento e as fontes deste, embora nessa procura possa apoiar-se noutras pessoas, “podendo mesmo ser realizada de forma colectiva” (Papert, 1997, p. 257).
